Há nove dias aproximadamente, dois mil presos dos presídios Ênio Pinheiro, Panda e Urso Branco estão fazendo greve de fome para tentar reverter uma decisão da justica modificada em fevereiro deste ano. Nas proximidades dos presídios o clima é tenso e do lado de fora familiares aguardam notíciais e temem que a qualquer momento ocorra uma rebelião. Na tarde dessa quarta-feira (10), várias viaturas foram vistas em alta velocidade seguindo em direção às unidades prisionais.

Para chamar a atenção das autoridades, os detentos deixaram de ir as audiências, nas consultas médicas e também de tomar o banho de sol e só comem as refeições trazidas por familiares. De acordo com o juiz da Vara de Execuçõess Penais, Renato Bonifácio, pela lei, cada detento que trabalha três dias tem direito a um da pena reduzida ou a cada 12 horas de estudo um dia de redução, mas como até os presos que não trabalhavam e não estudavam estavam recebendo esse benefício, desde o começo deste ano tudo mudou,  para receber é necessário comprovar que estuda ou trabalha.“Não iremos mudar a decisão porque cabe exclusivamente ao poder executivo apresentar e por em prática políticas penitenciárias de reinserção social dos presos”, explicou.

SISTEMA

Atualmente nos 11 presídios de Porto Velho, existem cerca de quatro mil homens detidos. A greve começou na segunda-feira da semana passada e já dura nove dias.