Rolim de Moura - RO, 05 de Dezembro de 2025

DRACO2 CUMPRE 98 MEDIDAS CAUTELARES CONTRA INTEGRANTES DA FACÇÃO CRIMINOSA COMANDO VERMELHO EM RONDÔNIA

Foram cumpridas 39 prisões preventivas contra os integrantes da facção criminosa.

Fonte: Assessoria - Em POLÍCIA - 05/12/2025 06:33:00

DRACO2 CUMPRE 98 MEDIDAS CAUTELARES CONTRA INTEGRANTES DA FACÇÃO CRIMINOSA COMANDO VERMELHO EM RONDÔNIA

Na manhã desta sexta-feira (04/12), a Polícia Civil de Rondônia deflagrou a Operação "Descarrilho II" para desarticular uma extensa rede de tráfico de drogas e organização criminosa vinculada ao Comando Vermelho nas regiões de Rolim de Moura e Jaru. 

A ação teve abrangência interestadual, com mandados cumpridos em Rolim de Moura, Jaru, Ji-Paraná, Cacoal, Espigão do Oeste, Theobroma, Vale do Anari, Machadinho do Oeste e Campo Grande/MS e faz parte da rede RENORCRIN do Ministério da Justiça. 

A operação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (2ª DRACO), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECCO), com apoio da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC), Delegacias Regionais de Cacoal, Ji-Paraná e Alvorada do Oeste, CORE, Departamento de Polícia do Interior (DPI) e Ministério Público de Rondônia.

Foram mobilizados mais de 200 policiais civis para o cumprimento de 98 medidas cautelares, sendo 39 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão domiciliar além de 29 bloqueios de bens dos investigados, todos expedidos pela Justiça. 

Em Rolim de Moura e região, foram decretadas 24 prisões e 21 buscas domiciliares. Em Jaru, outros 15 mandados de prisão e 09 mandados de busca foram expedidos contra integrantes do Comando Vermelho envolvidos em uma série de incêndios criminosos a provedores de internet.

As investigações tiveram início após um Auto de Prisão em Flagrante relacionado aos crimes de sequestro e cárcere privado cometidos por membros do Comando Vermelho contra dois indivíduos que comercializavam entorpecentes sem autorização da facção e sem o pagamento da "contribuição" devida. A intervenção policial impediu que as vítimas fossem executadas.

As investigações revelaram uma organização criminosa estruturalmente organizada, com clara divisão de tarefas e atuação intermunicipal no tráfico de drogas, com

ordens advindas do núcleo central do Rio de Janeiro/RJ. As investigações identificaram uma complexa rede criminosa com hierarquia definida, incluindo lideranças, gerentes de bairros e entregadores responsáveis pelo comércio ilegal de drogas em diversos bairros e municípios da região.

A estrutura criminosa utilizava esquemas sofisticados de lavagem de capitais por meio de contas bancárias de terceiros, conhecidos como "laranjas", com movimentações financeiras suspeitas. Um grupo de WhatsApp denominado "Diretoria Rolim de Moura" era usado para coordenar ações criminosas, com um sistema organizado de entregas que utilizava endereços e valores codificados.

As investigações também revelaram que a organização mantinha um "tribunal do crime" para julgar rivais e aplicar punições. Em Jaru, os ataques incendiários contra provedores de internet foram ordenados pela facção como forma de intimidação e retaliação contra empresários que se recusaram a pagar extorsão, colocando em risco a vida de trabalhadores e causando significativos prejuízos econômicos.

A Polícia Civil de Rondônia reafirma seu compromisso no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, trabalhando em conjunto com o Ministério Público e a SESDEC para desarticular organizações criminosas que ameaçam a segurança pública no Estado.

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